segunda-feira, julho 10, 2006

O adeus de Figo

Acabou o Mundial 2006 e lá vamos nós todos ter que voltar a cair na real. Para começar - e isto para não falar do desemprego e de outras pragas sociais - aí estão, de novo, os incêndios. O governo de Sócrates, que tanto alardeava as estatísticas em seu favor, tem agora para exorcizar a triste ocorrência de ontem, Domingo, da qual resultou a morte de seis bombeiros, cinco dos quais chilenos.

Mas voltemos ao Mundial 2006. A eficaz Itália lá conseguiu despachar a França; Zidane estragou a sua “festa de despedida” com aquela violenta cabeçada em Materazzi (o que será que este lhe terá dito ?); sobre a selecção portuguesa, ficou a imagem de que - com Nuno Gomes em campo, contra a França - talvez pudéssemos ter sido nós a ir à final. Mas o que lá vai, lá vai...

Entretanto, Figo e Pauleta despediram-se da Selecção. Regra geral, toda a gente diz o que de melhor há para dizer da pessoa de Figo. Também para mim, Figo é um dos melhores jogadores de sempre. Quanto à sua personalidade, já não partilho da mesma opinião da generalidade dos portugueses. Não esqueço o contrato-promessa que este assinou com o Benfica, quando o Sporting - nos tempos idos de Sousa Cintra - estava financeiramente de rastos. Valeu na altura alguma ética dos dirigentes do Benfica para que Figo pudesse voltar ao seu clube de sempre (?). Pouco tempo mais tarde, Figo assinou, em simultâneo, por dois clubes italianos. Em consequência, a Federação Italiana de Futebol decretou que Figo não poderia jogar na Itália nos três anos que se seguiram a esta “trapalhada”. Depois, foi a vez de Figo ir para o Barcelona. Quando era o menino querido das gentes de Barcelona, resolveu trair a causa catalã (porque é disso que se trata, de facto) e foi para Madrid. Ficou-lhe colado o epíteto de pesetero - para sempre. Parte depois para Milão e não perde oportunidade para dizer mal do seu último treinador no Real. Em 2004, exterioriza o desejo de deixar a nossa Selecção mas, algum tempo depois, regressa.
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São demasiados golpes-de-rins para que eu possa considerar Figo como um bom rapaz. É, na realidade, um grande futebolista, mas a tal classificação de bom rapaz deixo-a para Rui Costa e para Pauleta.

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